Os seios são muito simbólicos na vida de uma mulher e mais do que a
reconstrução das mamas, quem procura esse procedimento geralmente está envolvida com aspectos emocionais e que vão além do físico.
O caso mais comum da reconstrução das mamas é quando a paciente passa por uma mastectomia (retirada total ou parcial da mama), o que geralmente acontece depois de um Câncer de Mama, por exemplo. Infelizmente, os dados do Instituto Nacional do Câncer apontam que depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e há cerca de 28% de casos novos a cada ano. Neste cenário, a reconstrução mamária é um procedimento que além da estética, se torna fundamental.
Como há muitas dúvidas sobre esse assunto, separamos em tópicos tudo o que você precisa ler sobre reconstrução das mamas. Confira:
Qual o momento ideal para decidir pela cirurgia?
Não existe uma receita de bolo ou uma regra para o momento mais indicado em optar pela reconstrução mamária. Antes de tudo, o importante é você lidar bem com diagnóstico e tratamento, tirar todas as dúvidas com o cirurgião e avaliar se você tem condições médicas que podem prejudicar a cicatrização. Em geral, a reconstrução das mamas pode envolver vários procedimentos em diferentes graus. É possível realizar a cirurgia ao mesmo tempo que a mastectomia ou esperar a recuperação da mastectomia e de outros eventuais tratamentos. Além de avaliar esses pontos, é fundamental que você se prepare emocionalmente neste processo e entenda que os resultados da reconstrução podem variar conforme o caso e o contexto.
Quais os tipos de técnica e combinações?
Para a reconstrução das mamas, há opções e técnicas diferentes. As mais comuns são as próteses, o expansor, o chamado TRAM (onde o tecido da barriga é “rodado” até a mama), grande dorsal e lipofilling.
Os primeiros são materiais de silicone, com tamanhos e espessuras variáveis. O expansor também é um tipo de proteste que pode ser preenchida com o passar do tempo, podendo ser de silicone ou definitiva. A técnica do Tram é mais indicada pra mulheres com mamas volumosas. Essa é uma cirurgia grande, realizada em três tempos cirúrgicos, no qual o tecido da barriga é levado até as mamas. No grande dorsal, o cirurgião usa um músculo das costas para a região das mamas e esse procedimento geralmente é associado com uma prótese. Por fim, o lipofilling é um preenchimento de gordura retirado do corpo da paciente para potencializar o
tratamento cirúrgico das mamas. As técnicas são variadas e os resultados diversos. Por isso, conversar com o médico sobre a técnica indicada, os efeitos colaterais e os resultados é fundamental para a paciente.
Tem dúvidas? Converse com um especialista!
Como toda cirurgia estética, os resultados são incertos e as expectativas devem ser alinhadas. Vale destacar que de forma geral, a reconstrução das mamas vai além da questão estética. Em 2016, este procedimento foi o terceiro mais procurado no ranking das cirurgias reparadoras. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mais de 68 mil pessoas fizeram a reconstrução das mamas.
Mesmo não sendo possível dar uma garantia de mamas perfeitas, a cirurgia é uma possibilidade para a paciente ter um convívio social sem medo ou vergonha de escolher uma roupa que mostre a região. Além disso, os aspectos emocionais e da própria autoestima contam muito.