O que é Fissura Labiopalatina, como pode ser corrigida e por que essa causa virou campanha nacional?

As cirurgias reparadoras ou reconstrutivas estão aí para reforçar o quanto a cirurgia plástica vai cada vez mais além do simples desejo estético. Neste contexto, a chamada Fissura Labiopalatina também chamada de lábio leporino é uma doença que atinge 4.300 crianças no Brasil e preocupa pais, mães e órgãos como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não só pelas questões estéticas, mas pelo desenvolvimento da criança.

Na prática, essa má-formação faz com o que o bebê tenha uma fenda na parte de cima dos lábios e no céu da boca e a dependendo da fissura, sugar o leite, respirar, comer e falar são funções que acabam sendo limitadas na vida da criança.

Considerando que todas as cirurgias têm um grau de aceitação, complexidade e geram dúvidas, principalmente no caso de crianças, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica já organiza há 3 anos uma campanha de sensibilização sobre esse assunto. A 3ª foi realizada no início de mês com o apoio da Fundação Ideah juntamente com a ONG Smile Trien.

Além de falar sobre como a fissura prejudica o desenvolvimento do bebê, a necessidade de comunicar os pais e de incentivar pela adesão do tratamento o mais cedo possível foram pautas dessa jornada.Por fim, a campanha terminou com uma meta de engajar 350 pacientes de 13 cidades do país para realizar a correção cirúrgica.

Diante disto, o acesso à informação, o contato com um cirurgião especializado e opções que possam ajudar no desenvolvimento das crianças e na conscientização dos pais são desafios constantes e que trazem dúvidas. Como esse problema atinge crianças que geralmente precisam passar por cirurgias reparadoras ainda cedo, separamos alguns tópicos para esclarecer as principais dúvidas.

Cirurgia reparadora x função estética?


Apesar da vaidade ser um dos motivos que podem contribuir para uma pessoa modificar uma parte do corpo, as cirurgias reparadoras ou reconstrutivas cumprem muito mais do que isso. Feitas para correção após traumas, características congênitas (herdadas geneticamente) ou indicadas por questões de saúde, essas cirurgias representam 40% dos procedimentos cirúrgicos realizados no Brasil até 2014, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

No caso dos bebês com lábio leporino, os especialistas recomendam a realização da cirurgia o mais cedo possível para que a recuperação e desenvolvimento da criança não sofram tantas alterações com o passar do tempo.

A partir de quando o bebê pode fazer a cirurgia e como funciona o processo?

Não existe um consenso entre os especialistas. Alguns recomendam que a correção seja feita assim que o bebê nasça e, dependendo do grau dessa condição, outros acreditam que a melhor época para fazer a cirurgia é quando o bebê começa a falar, geralmente aos 10 meses de idade. Por se tratar de um problema que não é só estético e de uma área que envolve o funcionamento de vários órgãos próximos, o ideal é que uma equipe multiprofissional se envolva no procedimento. Além do cirurgião plástico, Isso inclui dentistas, fonoaudiólogo (a) e profissionais da otorrinolaringologia.

Quais os motivos da fissura?

Essa doença começa a se desenvolver ainda quando o bebê está na barriga da mãe mas não surge por um motivo específico. Predisposição genética, uso de álcool ou cigarro durante a gravidez, exposição a radiação e outros fatores externos podem ajudar, mas não há um consenso. Apesar dos médicos não baterem o martelo sobre o motivo, sabe-se que cuidar da gravidez, com hábitos saudáveis e alimentação balanceada e fazer o acompanhamento do bebê quando identificada a má-formação é essencial.

Benefícios
Além da diferença na alimentação e no desenvolvimento de funções básicas do organismo, o bebê que passa por uma reparação nestes casos também terá outros benefícios como a recuperação do sorriso! Pensando na importância do sorriso na vida de uma pessoa e nos custos da cirurgia plástica , voluntários do projeto Operation Smile realizam atendimento gratuito em 50 países e 10 estados brasileiros. Os voluntários são médicos de diversas especialidades e o projeto tem como missão tornar esse tipo de cirurgia mais acessível , transformando vidas e sorrisos.
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